Uma pesquisa recente revelou que as buchas naturais de banho têm o potencial de gerar eletricidade de forma ecológica, embora com eficiência menor em comparação com tecnologias mais avançadas. Esta descoberta pode inspirar o desenvolvimento de alternativas artificiais mais eficientes para fontes de energia sustentável.
Cientistas liderados por Yudi Jiang, da Universidade de Pequim, na China, descobriram que as cascas porosas resultantes da secagem dos frutos das plantas do gênero Luffa podem gerar eletricidade quando comprimidas. Embora a eletricidade produzida por essas buchas seja menor do que a obtida com os nanogeradores triboelétricos mais conhecidos, usados para alimentar sensores e dispositivos IoT, a pesquisa abre caminho para fontes de energia acessíveis e sustentáveis para dispositivos pequenos.
Para alcançar esse feito, Jiang tratou quimicamente as esponjas secas, removendo a lignina e a hemicelulose, deixando apenas a celulose cristalina. Ao comprimir manualmente uma seção de 6 milímetros de espessura da esponja modificada, ela gerou até 8 nanoamperes de eletricidade. Quando integrada a um circuito elétrico com capacitores para armazenar energia das compressões, a bucha de banho geradora de energia foi capaz de alimentar seis LEDs.
Apesar de não ser prático para carregar dispositivos maiores, como celulares, no momento, as buchas naturais de banho apresentam uma maneira ecologicamente correta e econômica de gerar energia para uma variedade de dispositivos pequenos. Além disso, elas têm o potencial de estimular o desenvolvimento de alternativas artificiais que imitem suas microestruturas, propriedades químicas e físicas, levando a uma produção mais eficiente de eletricidade. Esse avanço promissor poderá influenciar futuros projetos de energia sustentável.
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