Pesquisadores criaram tinta branca que diminui temperatura dos ambientes em até 10 ºC
A tinta branca criada por um grupo de pesquisadores é uma ótima alternativa.
Tinta branca: refrigeração passiva
Enquanto pesquisadores trabalhavam no desenvolvimento da “eletrônica do calor”, ou fônica, perceberam que seus materiais poderiam servir também no campo da refrigeração radiativa.
Refrigeração passiva que transfere calor do meio para o espaço sem gasto energético.
Assim, criaram uma tinta que retira calor da superfície onde está aplicada, diminuindo a temperatura ambiente, mesmo se estiver em contato diretamente com a luz solar.
De maneira passiva, a tinta reflete 95,5% da luz solar que atinge sua superfície de volta ao espaço sideral .
A tinta é capaz, ainda, de fazer isso, pois reflete um comprimento de onda que a atmosfera terrestre é transparente.
Apesar dos cientistas tentarem desenvolver esse tipo de tintas que resfriam através da radioatividade desde 1970.
Aquelas que foram criadas até hoje não se mostraram capazes de refletir luz solar suficiente para funcionar como alternativas aos condicionadores de ar tradicionais.
Essas tintas reflexivas de calor que se encontram no mercado refletem cerca de 80% a 90% da irradiação solar.
Segundo o professor Xiulin Ruan, da Universidade Purdue , não tem sido uma tarefa fácil encontrar uma solução de resfriamento com uma solução eficiente em uma camada única de tinta.
O professor ainda ressalta que a tinta pode ser uma das chaves para um futuro sustentável, já que, a aplicação ampla do resfriamento radiativo pode aliviar o efeito do aquecimento global.
Resfriamento radiativo nas tintas
Para que a tinta de resfriamento radiativo seja competitiva comercialmente, é preferível a escolha de um composto abundante e mais barato para matriz de carga para a tinta do que as partículas de dióxido de titânio, como carbonato de cálcio.
As cargas – material de base no qual são acrescentados os pigmentos.
Possuem grandes vacâncias de banda (discrepâncias de energia entre a faixa onde se encontram de elétrons de valência e os elétrons de condução).
Minimizando, desse modo, a quantidade de luz ultravioleta que a tinta absorve.
A alta concentração de partículas que a equipe alcançou favorece, a dispersão da luz solar, tal como uma grande variedade nos tamanhos das partículas.
Em vez de um único tamanho de partícula, para obter uma variedade de banda larga eficiente.
Como nos testes, as amostras de tinta alcançaram até 10 ºC abaixo da temperatura ambiente à noite, e 1,7 ºC abaixo da temperatura ambiente com o Sol a pino.
Os cientistas acreditam que essa tecnologia tem potencial para beneficiar um grande espectro de indústrias.
Entre esses aspectos incluem as empresas de telecomunicações, para evitar o superaquecimento de equipamentos, já que a tinta não tem componentes metálicos,
Desse modo, antes da tinta ser comercializada a equipe pretende realizar pesquisas de confiabilidade a longo prazo.
Para isso, irá testar desde a resistência da tinta à exposição à luz ultravioleta, poeira, água e detergentes, como também sua capacidade de adesão.
Fonte: Inovação tecnológica
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