Um sistema que filtra microplásticos da água foi criado pelo estudante Gabriel Fernandes Mello Ferreira, do Colégio São José, de Itajaí (SC).
A eficácia do sistema é de 100%, sendo adotado pela Estação de Tratamento de Água (ETA), atualmente responsável por 70% do abastecimento da cidade de Itajaí e também Navegantes.
Além disso, o projeto de Gabriel também foi um dos finalistas da 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE).
Segundo o estudante, o mecanismo é facilmente incorporado ao processo de tratamento de água, com custo de aproximadamente R$ 450.
Sistema que filtra microplásticos foi testado em aquário
O estudante foi auxiliado pelos professores, e o mecanismo criado para reter os microplásticos não chegou a ser testado nas estações de tratamento devido a pandemia.
Por conta disso, foi construído um modelo menor, a fim de simular os resultados em um aquário, onde filtrou quase todas partículas plásticas.
Durante o ano, uma pessoa pode consumir na água até 121 mil partículas de microplásticos, o que é nocivo tanto para seres humanos quanto animais.
Segundo Gabriel, o processo de tratamento convencional conta com diversas etapas, sendo elas:
- decantação;
- filtragem;
- desinfecção
- fluoretação.
No entanto, nenhuma dessas etapas conseguem reter os microplásticos, e o processo somente filtra a parte superficial da lâmina d’água.
Mecanismo criado
O mecanismo criado por Gabriel funciona através do filtro, onde um skimmer é utilizado através de canos.
Como resultado, a água é direcionada para um cilindro plástico que possui um fundo de malha de nylon, com abertura de 300µ.
De acordo com o estudante, este copo coletor é o elemento filtrante, local onde a água passa e o microplástico fica retido em sua malha.
Com o projeto do mecanismo criado, houve como resultado os 100% de eficiência, sendo então aderido pela Estação de Tratamento de Água de sua região.
Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet