Proprietários de carros elétricos no Reino Unido estão cada vez mais preocupados com falhas tecnológicas em seus veículos, gerando uma série de incidentes assustadores, de acordo recentes relatos compartilhados pelo The Guardian.
Um desses incidentes envolve a médica Ravpreet Kaur, dona de um BMW iX de £80.000, que alega que o piloto automático de seu carro foi acionado de forma inesperada, resultando em uma aceleração descontrolada, manobras perigosas na estrada e, finalmente, um acidente sério. No entanto, a fabricante nega veementemente as alegações, intensificando um debate cada vez mais intenso sobre a segurança dos carros elétricos no Reino Unido.
Esta situação surge apenas algumas semanas após Brian Morrison, de Glasgow, relatar que se sentiu “sequestrado” por seu MG elétrico. Morrison alegou que seu carro não desacelerou dos 30 mph (48 km/h) e nem desligou, forçando-o a colidir de forma controlada com a traseira de uma van policial.
O incidente envolvendo Ravpreet Kaur, residente em Uxbridge, oeste de Londres, aconteceu quando ela estava levando seu filho de quatro anos para a escola perto de Gerrards Cross. De repente, o assistente de motorista do carro, o controle de cruzeiro, ativou-se sozinho. O veículo acelerou de 50 mph (80 km/h) para mais de 65 mph (105 km/h) sem intervenção da condutora, e os sensores da faixa esquerda começaram a falhar. A condutora relatou que se sentiu em uma luta com o carro, que parecia estar operando de forma autônoma, com os freios inoperantes.
A BMW contestou as alegações, argumentando que o veículo estava viajando a 70 mph (113 km/h) e que a condutora havia pressionado o pedal do acelerador até 4,5 segundos antes do impacto a 23 mph (37 km/h), sugerindo que uma desaceleração desse grau só poderia ocorrer com o uso dos freios.
Outro caso envolveu Chloe Scott-Moncrieff e Oli Jones, um casal de Hampshire que alegou ter perdido a confiança em seu Hyundai Ioniq 5 após uma série de problemas, incluindo drenagem espontânea da bateria de 12 volts, portas traseiras travadas e janelas que se fechavam sem comando. A situação atingiu o ápice quando Jones ficou trancado no carro, incapaz de sair.
A Hyundai declarou que não conseguiu replicar ou diagnosticar o problema específico do veículo e que substituiu a bateria e a fechadura da porta como precaução, buscando uma solução que atenda às preferências do cliente.
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Fonte: Olhar Digital e The Guardian
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