Rolls-Royce realiza voo com Boeing 747 abastecido por biocombustível 100% ecológico
A Rolls-Royce realizou um voo com o Boeing 747-200 abastecido por um biocombustível 100% ecológico, conhecido como SAF.
O teste, realizado no dia 15 de outubro, pertence ao programa “Rolls-Royce Flying Testbed”, que busca realizar diversos testes relacionados ao motor.
Esses testes buscam melhorar a eficiência e durabilidade da peça, além de apoiar toda a estratégia de descarbonização da marca.
Boeing 747 abastecido com biocombustível para reduzir emissões de carbono
Para o teste, utilizaram o Boeing 747-200 (sob a matrícula N787RR), que foi batizado de “Spirit of Excellence”, comprado pela empresa para ser usado como plataforma de testes em 2005.
Segundo o comunicado oficial da empresa, a aeronave voou do aeroporto de Tucson, no Arizona, e passou pelo Novo México e Texas.
Foi utilizado um motor Trent 1000, que funcionou exclusivamente com 100% SAF, e outros três motores RB211 funcionaram com combustível de jato padrão.
Ao todo, o voo realizado em colaboração com a fabricante do avião, Boeing, durou 3 horas e 54 minutos.
A Boeing foi responsável pelo suporte técnico e revisão nas modificações da aeronave, também garantindo que os sistemas operassem conforme o esperado com 100% ASF.
Segundo Sheila Remes, vice-presidente de sustentabilidade ambiental da Boeing, o sucesso desse voo teste traz ainda mais certeza que o SAF poderá substituir totalmente o combustível de aviação convencional a longo prazo.
Já o combustível pertence à World Energy, a primeira e única empresa produtora de SAF em escala comercial da América.
A Rolls-Royce anunciou que o biocombustível não misturado colocado dentro do motor turbofan Trent 1000 foi desenvolvido para reduzir as emissões de carbono em 80%.
Simon Burr, diretor de Desenvolvimento de Produto e Tecnologia Aeroespacial Civil da empresa, afirmou que esse voo teste foi um exemplo de colaboração em toda a cadeia de valor, garantindo que todas as soluções de tecnologia de aeronaves estejam disponíveis para permitir uma “introdução suave” de 100% SAF na indústria.
Fonte: Canaltech
Imagem em destaque: Foto/Reprodução