Inovação

Pesquisadores americanos desenvolvem painel solar 15 vezes mais fino que uma folha de papel

Pesquisadores americanos da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um painel solar 15 vezes mais fino que uma folha de papel, com apenas seis micrômetros de espessura.

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O painel é considerado o mais fino construído até hoje, contando como elemento ativo das células solares, um material bidimensional, um semicondutor que conta com apenas uma cada atômica de espessura.

O disseleneto de tungstênio (WSe2) faz parte de uma classe chamada dicalcogenetos de metais de transição (conhecidos como TMDs), que são materiais que estão em novas arquiteturas da computação.

Mesmo que o material seja ótimo para diversas áreas, os experimentos práticos ainda não haviam extraído mais que 2% das células solares de TMDs.

 

Painel solar 15 vezes mais fino que uma folha de papel conta com eficiência ainda baixa

 

Koosha Nazif e seus colegas da universidade realizaram uma otimização quanto a eficiência das células solares de TMDs através de 3 meios:

  1. Uso de contatos de grafeno, uma vez que não bloqueiam a luz (transparentes);
  2. Cobertura de molibdenita para dopagem, passivação e antirreflexão;
  3. Uma nova técnica responsável por transferir camadas monoatômicas para o substrato flexível e transparente, sem causar danos.

Com as melhorias, o novo protótipo atingiu 5,1% de eficiência de conversão de energia, mas deverá ser possível atingir 27% apenas ajustando os processos.

Como resultado, com as devidas melhorias, o painel solar deverá competir com as células solares de silício convencionais, que contam com quase 30% de eficiência de conversão de energia.

Painel solar futurístico é 15 vezes mais fino que folha de papel

Outros benefícios alcançados com o projeto

 

O protótipo contou com uma relação potência-peso 100 vezes maior do que qualquer outro TMD já desenvolvido, sendo importante para:

  • Aplicações portáteis e móveis (drones e veículos elétricos);
  • Capacidade de recarga em movimento (transferência de eletricidade sem fios).

Segundo o resultado divulgado, o protótipo produziu 4,4 watts por grama, sendo possível chegar a até 46 watts por grama seguindo os cálculos da equipe.

Entre outros benefícios do novo painel solar, está sua espessura, que minimiza o uso e custo do material, tornando também as células solares TMDs mais leves e flexíveis.

Além disso, as células solares TMDs podem ser então moldadas em formas irregulares, seja em eletrônicos de vestir, no teto de um carro ou na asa de um avião.

Fonte: Inovação Tecnológica

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Koosha Nassiri Nazif

 

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