Cientistas criam “tinta” de componentes naturais para impressão 3D em madeira
Um grupo de pesquisadores da Rice University, localizada em Houston, EUA, acaba de dar um grande passo na direção de um futuro mais verde. Eles criaram uma técnica de impressão 3D usando uma “tinta” feita completamente de componentes naturais, como nanofibras e nanocristais de celulose, lignina e água. Esta inovação foi detalhada na renomada revista Science Advances e promete revolucionar a maneira como pensamos a construção e design de objetos em madeira.
A técnica por trás da magia
A técnica usada para dar vida a objetos de madeira em 3D é conhecida como escrita direta com tinta (DIW). Diferente dos métodos convencionais de impressão 3D, que dependem do resfriamento do material para solidificação, o DIW utiliza um processo de sinterização. Após a impressão, os objetos são primeiramente liofilizados a -85 ºC durante 48 horas e, em seguida, submetidos a um aquecimento de 180 ºC por 20 a 30 minutos. Esse processo garante a formação de estruturas sólidas e duráveis.
Por que é uma grande novidade?
Embora a impressão 3D com madeira não seja exatamente nova, com experimentos anteriores envolvendo desde controles de Xbox até projetos personalizáveis do MIT, a abordagem da equipe da Rice University é pioneira em um aspecto crucial. Pela primeira vez, objetos reais de madeira são impressos utilizando-se exclusivamente de materiais naturais, sem aditivos artificiais. Isso não apenas abre portas para uma construção mais sustentável, como também marca o início de “uma nova era de construção sustentável em madeira impressa em 3D”, como menciona Muhammad Rahman, professor assistente e cientista-chefe do estudo.
Além da madeira: Um futuro sustentável em vista
A descoberta dos cientistas da Rice University representa mais do que um avanço na impressão 3D; é um convite a repensar nossas práticas de construção e fabricação sob uma ótica mais ecológica. Com potencial para moldar o futuro da sustentabilidade na produção de objetos, essa técnica alinha-se perfeitamente com a busca por alternativas que respeitem o meio ambiente e reduzam nosso impacto no planeta.
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Fonte: Olhar Digital