Nova aeronave hipersônica e autônoma é capaz de voar 15 vezes a velocidade do som
Uma nova aeronave hipersônica e autônoma chamado Destinus é capaz de voar 15 vezes a velocidade do som, sendo parte avião espacial, parte foguete e parte planador.
A aeronave, considerada um drone de carga transcontinental movido a hidrogênio com zero emissões, foi desenvolvida pela startup do físico Mikhail Kokorich, um russo radicado na Suíça.
Capaz de atingir até Mach 15, o veículo poderia realizar entregas expressas em qualquer lugar do planeta em 6 a até, no máximo, 12 horas de voo.
A startup do empresário possui escritórios em quatro cidades europeias, com uma equipe formada por especialistas aeroespaciais com passagens por empresas de prestígio.
Nova aeronave hipersônica e autônoma deve ser lançada antes de 2030
A Destinus obteve um financiamento recente de US$ 29 milhões, onde os fundos serão utilizados para o desenvolvimento de motores de foguete e aerogeradores de hidrogênio.
Atualmente, o primeiro protótipo já foi projetado, concluído e testado em apenas 3 meses, sendo batizado de Jungfrau, construído do tamanho de um carro.
Em poucos meses, o segundo protótipo será revelado, desta vez em um tamanho maior, de um ônibus, e ainda não conta com um nome revelado.
No entanto, a Destinus menciona que em 2025 deverá haver o primeiro voo intercontinental comercial com carga útil de uma tonelada, e já em 2029, haverá a fase final.
Nessa fase final, os voos terão carga útil de 100 toneladas e se tornarão a norma da empresa, onde se espera que milhares de hiperplanos e 1 mil funcionários estejam em operação.
Last week, we had our maiden flight of the #Jungfrau prototype! Named after a mountain peak in Switzerland located in the Bernese alps. From concept to flight in less than 4 months with an aero shape based on a #hypersonic design. pic.twitter.com/PR7q3dqnHP
— Destinus (@hyperdestinus) November 28, 2021
Desenvolvimento do Destinus
O “hiperavião” foi anunciado no final do ano passado (2021), e seu desenvolvimento toma como base decolagem horizontal de um aeroporto regular (ou hiperporto), de preferência em uma área escassamente povoada à beira-mar.
Nesse mesmo local de decolagem, também estaria disponível a energia renovável barata para a produção de hidrogênio, segundo as informações reveladas.
No primeiro estágio, a aeronave usa um motor de foguete turbo a ar, antes de mudar para um foguete de hidrogênio com motor criogênico, o levando para as velocidades hipersônicas e altiuras mesosféricas, de mais de 50 km.
Segundo divulgado, o veículo conta com um perfil “silencioso” em voo, sendo 30 dB abaixo em comparação aos aviões supersônicos convencionais utilizados.
Quando vai descer para chegar ao seu destino, o Destinus entra em um modo “planador”, até pousar horizontalmente no local de chegada.
Entregas com o hiperavião
O plano do Destinus é se apresentar como uma solução sustentável para entregas, capaz de milhares de ciclos de reentrada, com custos comparáveis aos voos de carga convencionais ou mais baixos, segundo Kokorich.
Os custos mais baixos ocorreriam porque a aeronave voa mais alto e mais rápido, havendo menor atrito do ar e também perdas de gravidade.
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Fonte: Olhar Digital
Imagem em destaque: Foto/Reprodução Destinus