Pela primeira vez, cientistas do instituto de pesquisa Southwest identificaram moléculas de água diretamente na superfície de asteroides.
A descoberta, feita através de análises de dados do Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA), marca um marco significativo no estudo dos corpos celestes.
Os cientistas utilizaram o instrumento FORCAST (Faint Object InfraRed Camera for the SOFIA Telescope), integrado ao SOFIA, para examinar quatro asteroides ricos em silicatos.
Durante esta análise, observaram assinaturas espectrais no infravermelho médio que indicam a presença de água molecular em dois desses corpos celestes.
Implicações para a origem da vida na Terra
Esta descoberta é particularmente relevante porque, anteriormente, a água só havia sido detectada em amostras de asteroides trazidas à Terra, como no caso da análise da amostra do asteroide ‘Itokawa’ pela agência espacial japonesa JAXA em 2021.
A identificação de água na superfície dos asteroides Iris e Massalia sugere novas pistas sobre como a água, um elemento crucial para a vida, foi distribuída pelo sistema solar e possivelmente entregue à Terra.
Pesquisa futura com o telescópio James Webb
A equipe do SwRI, liderada pela Dra. Anicia Arredondo, publicou suas descobertas no Planetary Science Journal, enfatizando a importância de entender a distribuição de água nos asteroides para desvendar os mistérios da formação planetária e a busca por vida extraterrestre.
Inspirados pelo sucesso anterior do SOFIA em detectar água na Lua, os cientistas agora planejam utilizar o Telescópio Espacial James Webb da NASA para expandir suas investigações sobre a presença de água em outros asteroides, aproveitando os recursos avançados do telescópio para uma compreensão mais profunda da distribuição de água no espaço.
A descoberta de água na superfície de asteroides abre novos caminhos para o estudo da composição dos corpos celestes e sua influência na formação de sistemas planetários.
Com a ajuda de tecnologias avançadas e missões futuras, os cientistas esperam desvendar mais segredos sobre a água no espaço e sua conexão com a vida na Terra.
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Fonte: Interesting Engineering