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Colisão cósmica é captada por cientistas pela primeira vez na história, veja as imagens

Astrônomos capturaram pela primeira vez uma colisão cósmica, que apesar de não ser um evento raro, é extremamente difícil de observar.

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O evento foi observado passo a passo, à medida que a estrela que passava arrancava parte do disco protoestelar de um sistema binário.

No caso, a estrela não pertencia ao sistema observado, sendo considerada como um “objeto intruso”, e se aproximou desse disco, explodindo com o ambiente em torno de uma protoestrela binária. 

Como resultado, causou fluxos caóticos de poeira e gás no disco ao redor do binário e é considerado um “evento flutuante”. 

 

Colisão cósmica registrada pela primeira vez pelo ALMA 

 

Os eventos flutuantes foram explorados extensivamente em simulações de computador e até mesmo em filmes de ficção científica, mas não haviam sido confirmados com dados observacionais até o momento. 

Capturar evidências observacionais é algo raro, uma vez que os eventos acontece de forma rápida, sendo difícil de os capturar em ação, segundo Ruobing Dong, astrônomo da Universidade de Vitória, no Canadá. 

O evento foi registrado pelo ALMA, o radiotelescópio móvel do Observatório Europeu do Sul, instalado em um planalto no deserto do Atacama, Chile, a uma altitude de 5.500 metros.  

As observações também foram feitas com o VLA, sigla para o tradicional radiotelescópio Karl G. Jansky Very Large Array, baseado no Novo México, nos Estados Unidos. 

Mais informações sobre o evento 

O evento foi detectado no sistema estelar Cão Maior Z (Z CMa), e normalmente esses distúrbios não são causados por “intrusos”, mas sim estrelas irmãs crescendo juntas no espaço. 

No entanto, a estrutura das correntes de matéria criadas em um encontro estelar, causam “impressões digitais de sobrevoo”, como espirais, deformações, sombras, entre outros. 

Ao olhar para o disco do Z CMa, foi revelada a presença de várias impressões digitais do sobrevoo, de acordo com Nicolás Cuello, da Universidade de Grenoble Alpes, na França. 

Essas impressões digitais não apenas identificaram o intruso, como também mostraram o que essa interação poderia significar para o futuro do sistema planetário e dos planetas que nascem no sistema. 

Com a colisão cósmica, foi descoberto que os eventos de sobrevoo ocorrem na natureza, e contam com grandes impactos nos discos circunstelares gasosos. 

Além disso, os eventos de passagem podem perturbar dramaticamente os discos circunstelares em torno das estrelas participantes. 

 

Fonte: Inovação Tecnológica 

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO), B. Saxton (NRAO/AUI/NSF) 

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