Inovação

Startup japonesa projeta turbina eólica capaz de gerar energia com o vento de tufões

Uma startup japonesa está projetando a primeira turbina eólica capaz de gerar energia com o vento de tufões, que já está sendo testada.

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A Challenergy está construindo uma turbina capaz de resistir a tempestades tropicais e auxiliar países assolados por tufões, em que as turbinas convencionais precisam ser desligadas.

Isto é, sendo capaz de aproveitar as forças destrutivas da natureza para gerar energia, transformando tufões em uma “força”.

Para isso, a aparência e a função da convencional turbina eólica foi alterada, para que aguentasse gerar energia, mesmo sob condições extremas de tempestade.

A turbina apresenta grandes pás verticais girando em torno de um eixo horizontal, o que é justamente o oposto as pás longas e pontiagudas que giram em um eixo vertical das turbinas eólicas tradicionais.

 

Energia com o vento de tufões já está em testes

 

Atualmente, o Japão enfrenta, em média, 26 tufões e tempestades de baixa altitude por ano, fazendo com que a capacidade de energia eólica permaneça baixa.

O criador da tecnologia, Atsushi Shimizu, fundou a empresa em 2014, após o desastre nuclear de Fukushima, onde entrou no campo da energia sustentável.

A primeira unidade de demonstração está na ilha de Batanes, nas Filipinas, que costuma ter severos problemas para manter as redes elétricas rurais.

No local, há uma média de 16,8 tufões por ano, havendo a necessidade de uma tecnologia como essa para solucionar os problemas enfrentados.

A turbina foi erguida pouco tempo antes do tufão Kiko, uma tempestade de categoria 5 com ventos superiores a 249 km/h, considerado o segundo tufão mais forte desde 1987 em Batanes.

O equipamento começou a operar na véspera do tufão, onde funcionou normalmente até a madrugada de 11 de setembro, quando atingiu a capacidade máxima de geração de energia (11 kWh), mesmo em condições de vento forte.

Às 6 horas da manhã no local, a turbina provavelmente interrompeu suas operações quando atingiu sua velocidade de rotação máxima permitida projetada, antes que o buraco do tufão passasse naquela mesma manhã.

Após o tufão recuperar sua forço, foi difícil obter dados de velocidade do vento, por conta da má conexão do anemômetro instalado.

 

Resultados do experimento

 

A unidade de teste experimentou velocidades de vento que excederam a velocidade máxima permitida que havia sido projetada, porém não houve grandes problemas estruturais.

Entre os problemas enfrentados após o tufão, o cilindro e a placa retificadora de uma das duas asas foram parcialmente danificados, por conta de uma colisão com escombros voando.

A Challenergy informou que deve aproveitar o primeiro teste para implementar contramedidas, além de realizar melhorias e ajustes para atingir uma operação estável durante os tufões.

Fonte: Hypeness

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Challenergy

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