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Amostra recolhida em Marte indica contato com água e ambiente habitável

O Perseverance recolheu uma amostra de rocha em Marte, que indica contato com água e ambiente habitável, que deverá ser enviada de volta à Terra.

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A amostra coletada, batizada de “Montdenier”, mostrou sinais de contato com a água por um longo período de tempo, consequentemente reforçando a ideia de vida antiga no planeta.

A coleta da Montdenier ocorreu no dia 6 de setembro, enquanto a segunda amostra da mesma rocha, chamada de Montagnac, foi após dois dias, no dia 8.

De acordo com Ken Farley, cientista do projeto, o fato da água estar lá por um longo período de tempo é muito significativo para um ambiente sustentável potencialmente habitável.

Amostra com contato com água e ambiente habitável foi a segunda tentativa

As amostras estão atualmente armazenadas em tubos selados, no interior do Perseverance, medindo cerca de 6 centímetros de comprimento e sendo um pouco mais largas do que um lápis em diâmetro.

Essa foi a segunda tentativa de coleta de amostras, sendo que a primeira falhou no início de agosto, após a rocha se demonstrar quebradiça.

As amostras devem ser enviadas à Terra para mais análises em uma missão junto a Agência Espacial Europeia, em algum momento dos anos 2030.

Segundo Mitch Schulte, cientista que faz parte do programa da missão, as amostras têm alto valor para as futuras análises de laboratório.

 “Um dia, poderemos ser capazes de calcular a sequência e o momento das condições ambientais que os minerais desta rocha representam. Isso ajudará a responder à grande questão científica da história e estabilidade da água líquida em Marte”

Mitch Schulte

Rochas de composição basáltica

Atualmente, o robô da NASA está atuando na Cratera de Jezero, um lar de um lago que existiu há 3,5 bilhões de anos, época em que as condições em Marte eram muito mais quentes e úmidas.

A rocha responsável pelas amostras foi considerada de composição basáltica, provavelmente um produto de fluxos de lava da região.

Essas rochas possuem minerais cristalinos, úteis na datação radiométrica que ajudará cientistas a montar uma história geológica da área.

Entre as informações, está:

  • Como a cratera se formou;
  • Quando se formou;
  • Quando o lago apareceu;
  • Quando o lago desapareceu;
  • Como o clima mudou com o tempo.

Outras informações sobre as rochas que surpreenderam os cientistas são os sinais de interação sustentada com as águas subterrâneas.

De acordo com a geóloga Katie Stack Morgan, da NASA, caso as rochas realmente tiverem experimentado água por um longo tempo, poderá haver nichos habitáveis dentro dessas rochas, sustentando vida microbiana antiga.


Fonte: Hypeness

Imagem em destaque: Foto/Reprodução NASA

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