A corrida espacial para a Lua ganha um novo impulso com duas empresas americanas se preparando para enviar naves não tripuladas ao satélite em breve.
Esses lançamentos, parte do programa Artemis da NASA, podem marcar os primeiros pousos suaves na Lua desde as missões Apollo nos anos 1970, e representam um passo significativo para a era da iniciativa privada na exploração lunar.
Artemis e comercialização lunar
O programa Artemis, liderado pela NASA, visa levar astronautas à Lua e está inserido no programa maior chamado Commercial Lunar Payload Services.
Este programa, anunciado há cinco anos, tem como objetivo levar cargas científicas à Lua, incluindo colaborações com a indústria privada.
Segundo Jim Bridenstine, ex-administrador da NASA, a meta é alcançar a Lua de maneira eficiente e econômica.
Empresas privadas podem participar dos envios à Lua, recebendo um financiamento de US$ 2,6 bilhões ao longo de 10 anos.
Missões lunares planejadas
Duas empresas americanas lideram essas missões. A Astrorobotic, com sede em Pittsburgh, pretende lançar sua espaçonave Peregrine em 8 de janeiro, com pouso previsto para 23 de fevereiro.
A Intuitive Machines, da Flórida, originalmente planejou o lançamento do módulo de pouso em 12 de janeiro, mas, devido a condições climáticas, adiou para meados de fevereiro. Seus planos envolvem o uso do foguete Falcon 9 da SpaceX, com pouso estimado cerca de sete dias após o lançamento.
Contexto internacional e riscos
Esses lançamentos ocorrem em meio a iniciativas semelhantes de outros países.
O Japão, que planeja um pouso lunar em janeiro, segue a tendência iniciada pela China em 2013 e seguida pela Índia em 2019. No entanto, há riscos envolvidos, como evidenciado por falhas recentes de empresas japonesas e russas.
O diretor de ciência da NASA, Thomas Zurbuchen, aponta que as chances de sucesso em missões lunares são aproximadamente 50%.
Perspectivas e desafios
A participação das empresas privadas na busca lunar colabora com os objetivos da Artemis.
O sucesso dessas missões não apenas marca um avanço significativo na exploração espacial, mas também destaca a eficácia da parceria entre a NASA e o setor privado.
No entanto, o sucesso ainda precisa ser comprovado, pois a exploração lunar enfrenta desafios significativos.
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- Fonte: Olhar Digital
- Imagem destacada: Astrorobotic/Reprodução