Foguete revolucionário consome sua própria estrutura como combustível
Engenheiros da Universidade de Glasgow estão redefinindo a engenharia aeroespacial com um avanço significativo: o desenvolvimento do primeiro motor de foguete autofágico operacional.
Este tipo de foguete, uma ideia que vem sendo explorada há quase um século, tem a capacidade de consumir partes de sua própria estrutura como combustível.
O mecanismo inovador deste foguete utiliza o calor gerado pela queima do seu combustível convencional para derreter gradualmente a sua fuselagem de plástico.
Esse plástico derretido é então injetado na câmara de combustão, onde serve como um combustível adicional, juntamente com os propelentes líquidos padrão.
Vantagens e desafios
Essa abordagem reduz a necessidade de propelente armazenado, liberando mais espaço para carga útil. Além disso, ao consumir sua própria fuselagem, o foguete pode potencialmente minimizar o problema dos detritos espaciais.
No entanto, os efeitos ambientais da combustão do plástico na atmosfera são uma preocupação ambiental que precisa ser avaliada.
Progresso e testes bem-sucedidos
O motor, batizado de Ouroborous-3, utiliza tubos de polietileno de alta densidade como sua fonte de combustível autofágico, que são queimados em conjunto com uma mistura de oxigênio gasoso e propano líquido.
Os experimentos realizados produziram um empuxo de 100 newtons, mostrando que o motor pode queimar de maneira estável durante a fase autofágica, com a fuselagem de plástico contribuindo com até um quinto do propelente total.
Contudo, a fase final de queima da fuselagem apresentou problemas catastróficos, indicando um desafio de segurança a ser superado.
O futuro dos foguetes autofágicos
Segundo o professor Patrick Harkness, líder do projeto, esses resultados são um marco crucial no desenvolvimento de um motor de foguete autofágico totalmente operacional.
Ele enfatiza que a capacidade do Ouroborous-3 de queimar uma quantidade significativa de sua massa estrutural como propelente abre novas possibilidades para o design de foguetes, potencialmente permitindo que uma maior porcentagem da massa total seja destinada à carga útil.
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Fonte: Inovação Tecnológica