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Hackers podem usar o sensor de luz do seu celular para espionar você

Atualmente, os sensores de luz ambiente em dispositivos como celulares e tablets representam uma nova ameaça à privacidade.

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Esses sensores, comumente usados para ajustar o brilho da tela de acordo com a luz do ambiente, podem ser explorados para obter imagens do que acontece na frente da tela, sem a necessidade de ativar a câmera.

Isso porque, diferentemente do controle rigoroso sobre o acesso à câmera pelo sistema operacional, os aplicativos têm acesso livre ao sensor de luz ambiente. Isso significa que pessoas ou empresas com más intenções podem utilizar esses sensores sem restrições, representando um risco de espionagem.

Pesquisa do MIT revela riscos

Yang Liu e sua equipe do MIT nos Estados Unidos criaram um algoritmo especial que pode gerar imagens a partir dos dados coletados por esses sensores. Eles demonstraram como é possível recuperar imagens do ambiente em frente à tela, analisando mudanças sutis na intensidade da luz capturada por esses sensores.

Além disso, os pesquisadores descobriram que os sensores de luz ambiente são capazes de capturar gestos do usuário na tela, como rolar e deslizar.

Isso abre a possibilidade de aplicativos, como navegadores da web e tocadores de vídeo, coletarem dados de interação do usuário sem permissão.

O processo de captura de imagens

imagem dos testes
Os testes comparativos foram feitos com a mão, mas também é possível obter imagens borradas do rosto do usuário. (Imagem: Yang Liu et al. – 10.1126/sciadv.adj3608)

Para capturar imagens, os sensores coletam variações de baixa taxa de bits na intensidade da luz, que são parcialmente bloqueadas pelo contato da mão com a tela.

Esses dados são mapeados bidimensionalmente e, através de um algoritmo, são reconstruídos para formar uma imagem da atividade manual, embora pixelada.

Como evitar a ameaça

Os pesquisadores sugerem duas medidas essenciais para evitar essa ameaça. Primeiramente, propõem restringir o acesso aos sensores de luz ambiente, permitindo que os usuários aprovem ou neguem solicitações de aplicativos para acessá-los.

Além disso, recomendam limitar as capacidades dos sensores, reduzindo sua precisão e velocidade, e mudar a posição dos sensores para que fiquem não de frente para o usuário, mas sim nas laterais dos dispositivos.

Leia mais:

Fonte: Inovação Tecnológica e Climatologia Geografica

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