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Jato de plasma solar deve passar “raspando” pela Terra

Na sequência de dias calmos do Sol após o eclipse “Anel de Fogo” do último sábado (14), uma erupção solar considerável ocorreu, e o material ejetado por um filamento magnético pode passar próximo à Terra na noite de quinta-feira (19). Embora essa ejeção de massa coronal (CME) não esteja diretamente voltada para a Terra, espera-se que passe perto o suficiente para causar uma pequena tempestade geomagnética de classe G1, considerada fraca em uma escala que vai até G5.

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Entendendo o fenômeno:

  • As manchas solares e os campos magnéticos do Sol estão em constante atividade, com explosões solares ocorrendo quando os campos magnéticos se emaranham.
  • Quando as erupções solares acontecem, o Sol libera jatos de plasma solar, também conhecidos como CMEs, que podem interagir com a magnetosfera da Terra.
  • Essas interações podem provocar tempestades geomagnéticas, que variam em intensidade e podem causar efeitos que vão desde a formação de auroras até problemas nas redes de energia e sistemas de comunicação, incluindo impactos em satélites.

A atividade solar é conhecida por seguir ciclos de aproximadamente 11 anos, e estamos nos aproximando do próximo pico, chamado de Máximo Solar. Durante esse período, as erupções solares tendem a ser mais frequentes e violentas. Embora o Máximo Solar atual estivesse previsto para ocorrer em 2025, há indícios de que possa chegar ainda este ano, devido à intensidade crescente da atividade solar.

Entretanto, desde o dia do eclipse, o Sol tem se mostrado relativamente calmo. Mesmo com um fluxo moderado de explosões solares, os filamentos magnéticos (também conhecidos como proeminências solares) permanecem ativos. Na segunda-feira (16), houve uma erupção notável em um desses filamentos, conectado à mancha solar AR3467. Essa erupção gerou uma CME de classe C.7, embora sua trajetória não esteja direcionada para a Terra.

Embora a atividade solar esteja em um período de baixa, a CME resultante da erupção do filamento magnético poderá causar pequenas falhas nas redes de energia e impactar sistemas de satélite, como o GPS. As maiores consequências de tempestades geomagnéticas geralmente ocorrem em eventos mais intensos na escala G3 a G5.

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Créditos da imagem destacada: Artsiom P (Sol)/NikoNomad (Terra) – Shutterstock. Edição: Olhar Digital

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