Inovação

Cientistas conseguem transformar água pura em metal e gravam vídeo para provar

Normalmente, a água pura só se torna “metálica” em pressões extremamente altas, além de nossa capacidade atual, porém cientistas conseguiram transformar água pura em metal.

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A pesquisa foi publicada também na revista científica Nature, por uma equipe de pesquisadores, liderada pelo químico orgânico Pavel Jungwirth, da Academia de Ciências Tcheca.

Para que a água se torne um condutor, é preciso uma pressão de cerca de 48 megabares, o que é 48 milhões de vezes a pressão atmosférica da Terra ao nível do mar.

Essas pressões podem ser geradas em ambiente de laboratório, mas experimentos assim seriam inadequados para estudar água metálica.

A equipe, então, resolveu se voltar para os metais alcalinos, que são capazes de liberar elétrons externos com muita facilidade.

Desse modo, os metais alcalinos podem induzir as propriedades de compartilhamento de elétrons da água pura, porém sem altas pressões.

Problema enfrentado na hora de transformar água pura em metal

Apesar da equipe decidir se voltar aos metais alcalinos, eles são altamente reativos com a água líquida, até mesmo ao ponto de explosões ocorrerem.

Para solucionar o problema, os pesquisadores optaram por adicionar a água ao metal, ao invés de adicionar o metal à água.

A água pura entrou em contato com uma liga de sódio e potássio, que era o metal alcalino responsável por compartilhar elétrons, em uma câmara a vácuo.

Os cientistas realizaram a extrusão em um bico de uma pequena bolha de liga de sódio-potássio, na forma líquida à temperatura ambiente.

Em seguida, adicionaram uma fina película de água pura, ao utilizar a deposição de vapor.

Resultado do experimento

O contato entre a água e o metal fez com que os elétrons e cátions metálicos fluíssem da liga para a água, tornando a água dourada por alguns segundos.

Além de dourada, a água também se tornou condutora, assim como ocorreria na água pura metálica em alta pressão em um ambiente de laboratório.

Para confirmar, a equipe utilizou espectroscopia de reflexão óptica e também espectroscopia de fotoelétrons de raios-X síncrotron.

Nos resultados, as duas propriedades, sendo uma o brilho dourado e outra a banda condutiva, ocupavam duas faixas de frequência diferentes.

Assim, ambas foram identificadas com clareza e comprovando o experimento da equipe de Pavel Jungwirth.

O resultado desse experimento não só é importante para entender essa fase da água, como também para permitir, por exemplo, um estudo detalhado das condições de extrema alta pressão dentro de grandes planetas.


Fonte: Hypescience

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Youtube

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