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Foram detectadas mais de 500 rajadas rápidas misteriosas pelo telescópio CHIME

O telescópio CHIME detectou mais de 500 rajadas rápidas misteriosas de rádio (chamadas de FRB’s, da sigla em inglês).

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O radiotelescópio CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment) detectou todas rajadas ainda em seu primeiro ano de atuação.

Segundo os pesquisadores, já haviam encontrados os sinais entre os dados do radiotelescópio ainda em 2019, quando estavam a cerca de 1,5 bilhão de anos-luz de distância e todas as 13 emissões vieram de uma única fonte.

Atualmente, os pesquisadores já reuniram 535 sinais detectados entre 2018 e 2019 e criaram foram capazes de criar o primeiro catálogo de FRBs do CHIME.

De acordo com a análise realizada por cientistas, as FRBs que foram detectadas se originaram em eventos que ocorreram em galáxias distantes.

A pesquisa foi apoiada por várias instituições, como:

  • Canada Foundation for Innovation;
  • Dunlap Institute for Astronomy and Astrophysics da Universidade de Toronto;
  • Canadian Institute for Advanced Research;
  • Universidade McGill;
  • McGill Space Institute, através da Trottier Family Foundation;
  • Universidade da Colúmbia Britânica.

500 rajadas rápidas misteriosas foram divididas em duas categorias

O catálogo fornece pistas sobre as propriedades das FRBs, como o fato de que elas podem ser divididas em duas categorias:

  • sinais repetitivos;
  • sinais que acontecem uma única vez.

Segundo os cientistas, as origens e tempo de duração de cada rajada de cada um desses grupos parecem diferentes.

Nos dados encontrados, as emissões individuais dos eventos repetitivos duram um pouco mais do que os sinais que acontecem uma única vez.

Como resultado, algumas FRBs são únicas, sendo geradas por eventos eventos astronômicos distintos, em comparação as que são repetitivas.

Futuro do estudo

Os pesquisadores buscam descobrir a fonte das rajadas e explorar como é possível mapear a distribuição de gás em todo o universo.

Para isso, utilizarão os meios usados para medir as distâncias entre a fonte das FRBs e a Terra, conhecido como análise da dispersão de ondas.

Conforme as ondas de rádio viajam pelo espaço, acabam atravessando nuvens de gás interestelar (plasma) antes de chegar a telescópios.

Quando atravessam essas nuvens, as moléculas dos gases podem dispersar as propriedades e também a trajetória da onda, de forma que os cientistas possam medir o grau dessa dispersão.

O resultado dessa análise trará pistas sobre a quantidade de gás por onde a onda passou e a distância que percorreu.

Além disso, com um grande número de FRBs, será possível descobrir como o gás e a matéria são distribuídos em escalas muito grandes no universo, realizando o mapeamento desejado.


Fonte: MIT e Canaltech

Imagem em destaque: Foto/Reprodução Reprodução/NASA/ESA/Alexandra Mannings/Wen-fai Fong/Alyssa Pagan

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