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Pesquisadores da missão lunar Chang’e 5 detectaram água na Lua

Um estudo publicado na última sexta-feira (7) mostra que pesquisadores da missão lunar Chang’e 5 detectaram água na lua.

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O estudo, publicado no periódico Science Advances, liderado pelos professores da Academia Chinesa de Ciências (IGGCAS), Lin Yangting e Lin Honglei, informa mais sobre o módulo de pouso na Lua.

O módulo de pouso detectou sinais “inconfundíveis” da presença de água na superfície lunar, sendo a primeira vez que isso é feito no local (“in situ”).

 

Pesquisadores detectaram água na Lua

 

O módulo de pouso utilizou um instrumento chamado espectrômetro mineralógico lunar (LMS), enquanto coletava amostras, a fim de realizar uma análise espectral do solo lunar e de uma rocha.

Após compensar a emissão de calor que há na superfície da Lua, capaz de distorcer os dados, ainda foi encontrado uma absorção espectral na faixa de 2,85 micrômetros.

Essa absorção é adequada com a esperada para a presença de água, uma vez que os dados apurados pelos pesquisadores apontam uma quantidade de água no solo de 120 partes por milhão.

Nessa quantidade informada, é consistente com a implantação solar, onde moléculas de água são carregadas pelo vento solar, ficando presas no solo.

Já na análise da rocha, a concentração foi de 180 partes por milhão, sendo a única diferença na composição é que a rocha pode ter sido formada em outra região.

A rocha, composta por basalto, pode ter sido ejetada para o local da Chang’e 5 por um impacto com um meteorito, especularam os cientistas da missão lunar.

 

Sobre a missão Chang’e 5

 

A missão lunar tem como principal objetivo coletar amostras do solo e as enviar novamente à Terra, sendo composta por:

  • Um módulo orbital (Orbiter);
  • Um módulo de pouso (Lander);
  • Um módulo de ascensão (Ascender);
  • Uma cápsula de retorno (Returner).

Lander chegou à superfície em 1º de dezembro de 2020, e aproximadamente 1,7 kg de amostras coletadas foram transferidas para o Ascender.

Ascender decolou em 3 de dezembro, e após dois dias se reencontrou com o Orbiter, responsável por transferir as amostras para o Returner, que iniciou a jornada de volta ao nosso planeta.

O Orbiter ejetou a cápsula de retorno em 16 de dezembro de 2020, pousando no interior da Mongólia nesta data.

Fonte: Olhar Digital

Imagem em destaque: Foto/Reprodução China News Service (CC-BY-3.0)

 

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